Documento filatélico - Festa dos selos - Artes de rua - Malabarista

Descrição

Desde os frescos dos túmulos egípcios de Beni Hassan (2000 a.C.) até às gravuras da dinastia chinesa Han (200 a.C.), passando pela Mesopotâmia e pela civilização asteca, as origens do malabarismo estão entrelaçadas com as origens da humanidade. O primeiro instinto da criança não é o de atirar o objeto que agarrou? Depois, apanhá-lo... nasce um malabarista! O malabarista não é um físico. Não tem certezas, desafia as leis da ausência de peso. Contra Newton e Descartes, o malabarista é o inimigo da racionalidade. Não é um artista sério: luta contra a gravidade. Durante muito tempo, os seus poderes sobrenaturais fizeram deles mágicos dos objectos e das palavras. Quando os menestréis, os baladinos e os trovadores chegavam às cidades e às aldeias no azul da noite, o malabarista era o bobo da corte que arengava às multidões. Até ao século XV, o termo "jogleur" era utilizado para designar todos os animadores públicos. Em 1947, na reunião da Confraria Internacional dos Mágicos em Pittsburgh, os malabaristas separaram-se dos mágicos. O malabarista aéreo clássico lança pelo menos três objectos continuamente. Depois, o artista torna o espetáculo mais complexo, lançando um maior número e variedade de objectos, que podem mesmo incendiar-se. O malabarista pode criar trajectórias espantosas fazendo saltar do chão objectos de borracha ou silicone, e pode também suspender pêndulos como homenagem artística ao físico Foucault ou ao artista plástico Calder. Entre a terra, o fogo e o céu, o malabarista de rua joga com a ilusão e a magia visual com virtuosismo. Bolas, paus, bolas, pratos, paus, ovos, anéis, objectos do quotidiano, comuns ou invulgares, voam, giram, saltam e alcançam as estrelas numa poesia multidimensional. Daniel Cornut

Aviso legal

Timbre : création et gravure Louis Genty Document philatélique et cachet d'oblitération : création Louis Genty Texte : Daniel Cornut